
O mar foi profanado.
As ondas cessaram.
Não há mais marola.
Não há mais espuma.
As marés não existem mais.
A água está amarga e venenosa como a lágrima.
Na praia não há vento nem calor, só o espanto.
Nunca mais risos de crianças brincando na areia; a areia agora é mármore frio.
Nunca mais a brisa.
Nunca mais o pôr do sol.
Jamais o amanhecer.
Tudo morto…
Tudo largado…
Estirado na desolação e no assombro.
NADA nunca mais virá do mar.
A esperança morreu.
O amor fracassou.
E nem o fim nos basta mais.
Gostar disto:
Gostar Carregando...
Relacionado
Sobre Remulo vaney Carrozzi
Meu nome é Rêmulo Vaney Carrozzi. Formado em Propaganda e Marketing, em Letras e com Pós Graduação em Literatura na PUC de São Paulo. Professor, quase escritor, leitor de tudo que aparece, cristão por fé e amor, questionador por nascimento (até mesmo dessa fé) e chato de carteirinha.
Escrevo porque preciso, porque tem muitas coisas na minha cabeça e elas querem sair.
My name is Rêmulo Vaney Carrozzi. Graduated in Advertising and Marketing, in Literature and with a Postgraduate Degree in Literature at PUC in São Paulo. Teacher, almost writer, reader of everything that appears, Christian by faith and love, questioner by birth (even of that faith).
Esta entrada foi publicada em
Poesia com as etiquetas
Alepo,
apocalipse,
Aylan Kurdi,
Choro,
conflito na Siria,
conto cristão,
Crônica Cristã,
Dor,
Fábula Cristã,
Morte,
poesia cristã,
Sofrimento,
Texto Cristão.
ligação permanente.