O sol, tímido, desponta colorindo o céu. Caminho até a beira da água, uma imensidão de esplendor e beleza. O sol, agora um pouco mais alto, sai do horizonte iluminando e dando glória à criação de Deus.
Uma pequena onda um pouco mais abusada molha meus pés, eu estranho a água estar doce e morna. Ergo meus olhos e sinto uma emoção inexplicável. Olho para o horizonte e vejo um ponto entre a água e o sol. O ponto cresce e se aproxima. Sinto em minha alma que é Ele. Uma paz incompreensível me domina. Mas quando O vejo fico eufórico. Sim, é Jesus!
Grito com toda a força. Ele estende os braços e me chama. Corro sobre a água até Ele, ela é firme, apesar da sensação de que vou afundar ou escorregar. Olho pra Jesus e Ele sorri.
Eu já não corria mais, eu flutuava. Chegando perto, tentei parar, mas deslizei e fui com tudo pra cima dEle, espirrando água. Jesus, com os braços abertos, me segurou e, rindo muito, me deu um forte abraço. Eu só conseguia falar: “Senhor, Senhor”! Ele tocou meu rosto com as duas mãos, olhou nos meus olhos e disse: “Meu filho”. E eu fiquei repetindo “Obrigado, obrigado, obrigado…” Ele me soltou e falou: “Olha só que legal”. Correu e deslizou, depois mergulhou, e apareceu embaixo da água, do meu lado, esticou a mão e pediu a minha ajuda. Ele saiu da água e praticamente mandou: “Vai, é muito divertido”. Corri e dessa vez me joguei de peixinho e, quando estava quase sem velocidade, mergulhei. Fiquei um pouco embaixo da água olhando os peixes. Ele apareceu trazido por um golfinho, me pegou pela mão e nadamos um pouco, íamos rápido até que o golfinho saltou da água, nos deixou e mergulhou.
Jesus fez um gesto com os pés e apareceu uma bola. Duas traves enormes, transparentes apareceram. Eu “roubei” a bola, saí correndo e fui em direção ao gol, eufórico e rindo muito, chutei. Ia ser um golaço quando uma baleia saiu da água e defendeu o gol, passando de cabeça pra Jesus, que, gargalhando matou a bola no peito e me chamou. Fui até Ele, que me driblou; eu nem vi a bola, e Ele chutou pro gol. A bola estava indo pra fora quando uma foca apareceu e, de focinho, fez um golaço. Eu perguntei se isso podia. Jesus com um enorme sorriso fez um gesto como se nada de mais tivesse acontecido.
A bola apareceu no meu pé e eu, meio desconfiado, chutei, esperando que uma lula gigante, ou um tubarão jogassem no meu time. Mas ela perdeu força e nada aconteceu, ficou parada. Olhei pra Jesus que sorriu e saiu correndo para a bola. Disparei, mas não deu tempo. Jesus me driblou de novo, e dessa vez eu vi a bola, mas só fiquei vendo mesmo, porque Jesus bateu o pé, fez uma onda e chutou a bola, que foi sendo levada em sua crista, e quanto mais chegava perto do gol, mais crescia até que a onda explodiu no gol, num espetáculo incrível de água, som e vida. A bola estava dentro do gol e Jesus sorria pra mim.
Perguntei quanto estava. E Ele respondeu:
– Dois a zero pra você.
– Como assim, pra mim? Eu não fiz nenhum gol. – Perguntei, sabendo da bondade dEle, mas sem entender nada.
– Você não esperou que EU delimitasse os gols, simplesmente pegou a bola e correu, ia fazer o maior gol contra. EU defendi e fiz os gols pra você. – Disse o meu Senhor, me sorrindo.
Eu O abracei e chorei e sorri e O glorifiquei. Ele me levou até a margem, e disse que sempre vai estar comigo. Caminhou sobre as águas até o horizonte se misturar com o céu. Tentei ir atrás dEle, mas afundei na água e quase me afoguei. E o sol foi deixando o dia, sumindo no horizonte, colorindo o presente de Deus para nós. Sentei na areia e dei glória a Deus, por Seu amor e por Seu sacrifício na cruz, cruz que era pra ser minha e Ele a recebeu por amor, salvando toda a criação.
Adorei e fiquei com os olhos mareados. (da mesma água do mar que vocês jogaram rsrs). Desse texto a gente vê que a vida deve ser sempre boa e divertida. bjo Va